segunda-feira, 14 de março de 2016

Casa comum nossa Responsabilidade


Por que não fui às passeatas do dia 13/3/16?
Ano passado, comecei a fazer catequese para adultos, 30 anos dizendo evangélica, em 2014, pela dor, voltei ao catolicismo e não havia feito a 1ª comunhão. Desde outubro de 2015 agendamos esta data para o retiro espiritual em uma chácara, onde aconteceria nossa primeira confissão dos pecados.
Até domingo cedinho, ainda estava na dúvida se era realmente para ir ou se “não era alguma conspiração do PT para que eu faltasse às passeatas” (hahaha tenho que rir de mim mesma; pois mais uma vez constatei que nossa mente mente muito, criamos um mundo, passou, rapidamente, mas, passou esta idéia pela minha cabeça). Fui para o ponto de ônibus por volta de 7h, fiquei quase ½ hora esperando sem que o aplicativo me informasse uma previsão do ônibus e quando informou, disse que ele passaria em 109 minutos. Fui caminhando e disse para o grupo pelo whatsapp onde estaria.
Eles vieram de carro ao meu encontro, com chimarrão e tudo, não tive a menor dúvida, era ali mesmo o melhor lugar para eu estar e contribuir com este processo de busca pela verdade que nós brasileiro estamos vivendo.
Fomos surpreendidos, com nossas mestras lavando e beijando nossos pés, fiquei muito emocionada. Frei Lucas, trouxe com uma leveza especial a Parábola do Filho Prodigo (desde o ano passado tenho refletido sobre esta parábola) e de repente eu me vi nos dois irmãos, simultaneamente, o que pega a herança e caí no mundão, vai pra sujeira, chiqueiro e depois volta por necessidade de sobrevivência, e no que fica com o pai fazendo tudo certinho, perfeitinho, pra ver se isto faz dele melhor do que o irmão. Vimos que os dois não conheciam o Amor do Pai.
Nos últimos dias chamei o mundo de hipócritas, fiquei MUITO indignada com vários ex- professores, por mais que tentasse só conseguia ver hipocrisia. Como psicóloga, fiquei “ligada”; por que estou vendo tanta hipocrisia? Porque Jesus disse que o fermento da sociedade é a hipocrisia. E onde que você Rita de Cássia esta sendo hipócrita? Não sei, acho que só estou denunciando, mesmo. Çei!! Fiquei com esta reflexão em standby.
Nesta quaresma estou seguindo direitinho o jejum (cerveja!!) também os ritos de purificação, praticamente todo dia rezando o terço, participando de missas, e tentando entrar mesmo no processo , perfeitinha.
No retiro espiritual, não teve como correr, a verdade chegou com força, tremia igual quando faço exercícios da Bioenergética, o choro, não consegui segurar, estávamos ajoelhados, foi aí que prostrei no chão. Vi minha hipocrisia!
 Pregava, falava do amor de Deus, falava de Jesus Cristo, o amor encarnado, mas, não o sentia realmente.
Quando ia pro mundão e voltava pra casa do Pai era por falta de opção melhor e por medo, quando estava na casa com o pai pensava que tudo era porque eu merecia, por ser “BOA” demais, fazer tudo certinho, participar rigorosamente de várias pastorais e trabalhos voluntários, mas, na verdade, era para que meu Pai gostasse mais de mim do que de meus irmãos e irmãs, ou seja,  por orgulho. A necessidade não me deixava ver o amor e nem o orgulho que me iludia que tudo era por merecimento meu. Não havia espaço para o Amor. A melhor queda é cair em si.
Estamos no Ano da Misericórdia, não existem coincidências. Confessei meu maior pecado, para o Frei Longuinho, recebi minha penitência, e depois para todos que ali estavam presentes. Não consigo sentir o amor de Deus por mim; meu medo e o meu orgulho não deixam espaço para Ele. Reconheci isto de um novo lugar.
Uma questão que tenho refletido nos últimos dias e que me ajudou muito foi: Como fazer para acolher a verdade com perdão e amor? Uma amiga me respondeu com muita sabedoria: “perdoar é abrir mão de que algo, alguém ou alguma coisa seja diferente do que é”. Ou seja, não brigar com a realidade, aceitar o que é real.
Casa comum nossa Responsabilidade é o tema da Campanha da Fraternidade deste ano. Vimos que da mesma forma que os dois homens no Caminho de Emaús, não reconheceram Jesus, até que ELE repartisse o pão, só conseguimos reconhecer, perceber a presença e o Amor de Jesus Cristo, na Partilha.
No final, a dinâmica, foi se eu tirava o chapéu pra mim. Muito mexida, disse que sim, pois mesmo sem sentir, verdadeiramente, o amor de Deus, mesmo sem perceber a presença de Jesus Cristo, eu não desisti de acreditar que este é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Trabalhando minhas projeções, meu autoconhecimento, minhas responsabilidades, penso que estou cooperando efetivamente, para um mundo mais fraterno, igualitário e livre.

terça-feira, 8 de março de 2016

A força feminina


Vamos entrar nesta onda e falar de uma mulher que eu admiro e que me intriga: A Dilma!
Para isto: O ANEL DO PODER - A Criança Abandonada, o Pai Autoritário e o Feminino Subjugado. Uma Interpretação Junguiana do Ciclo do Anel de Wagner Jean Shinoda Bolen, M.D.
“Os primeiros livros de Jean Shinoda Bolen inspiravam-se nos padrões arquetípicos presentes no homem e na mulher, e o fazia a partir de deuses e deusas gregos mostrando como eles atuam sobre os valores patriarcais que premiam alguns arquétipos e punem outros.” Este mito inspirou a série: O senhor dos anéis.

Freud disse que repetimos padrões e tratamos as pessoas que nos cercam “projetando” nossos pais e irmãos nestas relações, em uma sequência articulada para manter este padrão, matriz, “imago” atuante.

Praticamente nada sei da vida pessoal da presidenta.
Mas, sei um pouquinho da alma feminina e de nossas atuações frente ao masculino.

Ela que na adolescência foi audaciosa, rebelde, corajosa pra enfrentar as autoridades da ditadura militar e, portanto o “pai”; hoje se vê (sem enxergar é claro), subjugada ao mesmo padrão de dominação masculina que um dia lutou contra. (Mulheres que correm com os lobos; fazem armadilhas pra si mesmas é inevitável, o Oraculo já previu!) A relação com o pai deve ter sido complicada tamanha a força que ela lutou.

Coincidências não existem! Disse ela duas vezes na entrevista que concedeu (dia 4/3/16) referindo-se à delação de Delcídio do Amaral e a prisão de Lula.

A substituição de um mito/arquétipo para outro se dá em primeiro lugar pelo Oráculo- o profeta (que é presente no Tempo Aion- o não tempo- o tempo do Espirito Santo, aonde Ele movimenta no espaço). Ele faz as profecias e todos ficam sabendo, pois outros arquétipos como de Hermes, por exemplo, se encarregam de divulga-las. O segundo passo tanto para os deuses como para nós pobres mortais é a negação da profecia, tentar esconder dela, nega-la e querer fugir. Mas quanto mais eu penso que estou fugindo mais eu caminho para o centro do furacão; o Espirito Santo não erra jamais, Ele é o “Eu sou o que Sou” atualizado.

Neste mito o deus/pai barganha a filha com dois gigantes (quem será hoje?) para ter o anel do poder cujo poder é subjugar todos para servi-lo; mas, tem uma maldição aqui, que diz: se você escolher o PODER você precisa abrir mão do Amor.

Na ânsia pelo poder o rei/pai não pensa duas vezes e entrega a filha. Sua esposa (vocês já observaram a dona Marisa? Parece que ela esta em outro mundo e meio grogue) esta preocupada com o palácio novo que ele prometeu pra ela que construiriam, eles mudam para o novo palácio, mas a esposa sente infeliz por não ter a filha amada por perto e as constantes infidelidades do marido que só pensa nele.

A filha que ama e idolatra o pai fica triste, mas, tenta a todo custo agrada-lo. O pai assim fica cada dia mais distante do feminino, sem conexão alguma. É importante pontuar que “O Verbo” é a maior atração para uma mulher, por isto que caímos tantas vezes “na lábia” dos homens conversadores e mentirosos, pois ficamos encantadas e hipnotizadas por bons discursos, desde o Paraíso com a serpente querendo nos iludir com o conhecimento do bem e do mal. (Bom é o PT mau é o PSDB já disse a jararaca Lula).

A capacidade de comunicação e oratória é masculina, a de “escutatória” feminina, e quem abre a boca do homem é a mulher.

Depois da denuncia da filha Alhetéia (na novela a Regra do Jogo também foram as filhas que descobriram à Verdade sobre a real identidade do pai e, portanto uma foi para o cativeiro e a outra para o hospício).

A ruína começa quando a filha sente realmente abandonada pelo pai e precisa dizer deste “abandono”, se não ela morre sufocada. Mesmo sabendo que ela não consegue comunicar-se de forma objetiva sobre suas "dores", pois não aprendeu e o pai dizia que ele iria falar por ela, que não precisaria preocupar-se, e quanto mais ela tenta mais admira a capacidade do pai em fazer discursos e palestras (claro) e se vê impotente. Penso que ela deve estar fragilizada e sofrendo muito, pois ela percebeu que continua no cativeiro, só que agora pelo Lula.

O estopim veio quando Lula começou a critica-la publicamente, principalmente em relação à troca do Ministro da Justiça (outra irmã).
 As “irmãs” têm alertado que algo será revelado, não há volta.

 O Tempo Aion/ Espirito Santo já havia previsto, nós iremos entrar para o Tempo Kaíros/Cristo- o tempo oportuno para a fraternidade, o tempo que vamos comprovar que o MAIOR PODER É O AMOR; e este padrão de lideranças autocráticas (onde só “eles” estão certos e têm o poder, já está caindo) assim, estamos realmente libertando o feminino e amparando as crianças.



O perfeito amor lança fora o medo

"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.  Ora, o medo produz tormentos;  logo aquele que teme não é aperf...