domingo, 28 de fevereiro de 2016

Diário para a psicologia da educação 2

Será que quando não sei a teoria falo de uma prática e quando não sei a prática falo de uma teoria?



Vamos refletir sobre as esculturas (foto)
Imagem-Linguagem articulada
O enigma: Por que o homem esta nu e a mulher vestida, 
se tanto homem como mulher estão sem cabeça
 no pano de fundo?

“Decifra-me ou te devoro.”


Goiânia, 26/2/16.

FREUD, Sigmund. Obras Completas / Sigmund Freud. Sobre a psicologia escolar (1914 – v.13) – Rio de Janeiro:- Imago, 1976.
 “A psicanálise nos mostrou que as atitudes emocionais dos indivíduos para com outras pessoas que são de tão extrema importância para seu comportamento posterior, já estão estabelecidas numa idade surpreendentemente precoce. A natureza e a qualidade das relações da criança com as pessoas do seu próprio sexo e do sexo oposto, já foi firmada nos primeiros seis anos de sua vida. Ela pode posteriormente desenvolvê-las e transformá-las em certas direções, mas não pode mais livrar-se delas. As pessoas a quem se acha assim ligada são os pais e irmãos e irmãs. Todos que vem a conhecer mais tarde tornam-se figuras substitutas desses primeiros objetos de seus sentimentos. (Deveríamos talvez acrescentar aos pais algumas outras pessoas como babás, que dela cuidaram na infância.) Essas figuras substitutas podem classificar-se do ponto de vista da criança, segundo provenham do que chamamos as “imagos” do pai, da mãe, dos irmãos e das irmãs, e assim por diante. Seus relacionamentos posteriores são assim obrigados a arcar com uma espécie de herança emocional, defrontam-se com simpatias e antipatias para cuja produção esses próprios relacionamentos pouco contribuíram. Todas as escolhas posteriores de amizade e amor seguem a base das lembranças deixadas por esses primeiros protótipos.”

Portanto, vamos falar do inicio (qual deles?); os protótipos (1ºexemplares, peça piloto, modelo) que Jung denominou arquétipos.
A natureza humana é essencialmente biológica e social – aliás, é a própria biologia que nos remete para o social. O homem depende do outro para sua existência, é na relação com “o outro” (adiante vamos falar deste: “o outro”) que construo e conheço o meio e a mim mesmo. O ser humano diferencia dos animais pela capacidade de reproduzir os meios para sua sobrevivência e faz isto através do trabalho, atividade em conjunto que confere uma “identidade cultural” a ele. Esta dependência biológica no homem faz dele essencialmente: social.
Quando o bebê nasce o instinto o leva a chorar, ele nem sabe o que é leite, mãe, fome, existem apenas as sensações motoras, ele chora/movimento e a mãe/adulto lhe oferece o leite e com ele vem o prazer.
No belo artigo: O mestre e seus feitiços - Márcia Neder, diz que: “o adulto oferece ao bebê o leite embalado nas suas paixões, na sua sexualidade inconsciente. Dizemos, então, com Jean Laplanche e sua teoria da sedução generalizada, que o adulto seduz o bebê, ou seja, desvia-o de seu curso biológico para nele implantar a sua sexualidade, despertando um prazer que ele buscará repetir sugando o próprio dedo. Esse é o protótipo do prazer, porque, evidentemente, do dedo não sai leite. Mas essa fantasia dá prazer.”
A autora fala da relação: educação-mãe, mãe-Eva, seio-maçã. Que a educação e a escola são uma oferta, carregada de significações inconscientes, que o adulto faz á criança.
Confirmando esta perspectiva educação- mãe vamos olhar os protótipos/arquétipos da relação mãe-filha através da mitologia.
A primeira pergunta: Se ela (educação) é mãe, quem são seus filhos?
O pano de fundo dois mitos que são explanados em: > Amor e Psiquê: uma contribuição para o desenvolvimento da psique feminina. / Erich Neumann. > O anel do poder: a criança abandonada, o pai autoritário e o feminino subjugado. / Jean Shinoda Bolen.


Goiânia, 28 de fevereiro de 2016

Olha as músicas dizendo através da arte o que estou querendo dizer, não é coincidência, pois elas não existem;
é a sincronicidade revelando o inconsciente coletivo com o poder do mito - basta sintonizar:
(28/02/16- Domingo,11:58’ @ExecutivaFM – fim de semana )
Fiquei pensando quando ouvi a primeira música que seria só esta:
“O professor tem mais de trinta conselhos.”
Eu me desloco no tempo e no espaço.”
Aí veio a segunda com a Maria Rita:
“Eterno é antes e depois”
E com o poder do três, a terceira música dizia assim:
(Interessa?) Faz vontade pra mamãe.

O que estou pesquisando: Tempo e Espaço; Educação-mãe; Mãe-filha.

Segue um pouquinho da sequência musical sintonizada com a linguagem articulada do mito.

Tudo diz de tudo o tempo todo, basta saber qual freqüência:

Com mais de 30
Marcos Valle

O professor tem mais de trinta conselhos
Mas ele tem mais de trinta, oh mais de trinta
Oh mais de trinta
Não confie em ninguém com mais de trinta ternos
Não acredite em ninguém com mais de trinta vestidos
O diretor quer mais de trinta minutos
Pra dirigir sua vida, a sua vida
A sua vida
Eu meço a vida nas coisas que eu faço
E nas coisas que eu sonho e não faço
Eu me desloco no tempo e no espaço
Passo a passo, faço mais um traço
Faço mais um passo, traço a traço
Sou prisioneiro do ar poluído
O artigo trinta eu conheço de ouvido
Eu me desloco no tempo e no espaço
Na fumaça um mundo novo faço
Faço um novo mundo na fumaça
Não confie em ninguém...

Maltratar não é direito
Maria Rita

Um amor só é bom
Quando é prá dois
Eterno é antes e depois
Agora não vou mais me enganar
Não quero mais sofrer, não dá
Se o teu desejo era me ver
Se deu vontade de saber
Se tô feliz
Até posso dizer que sim
O teu reinado acabou,
Chegou ao fim
Eu não nasci prá você,
Nem você prá mim...
Lalalaiá Lalalaiá...Lalalaiá Lalalaiá...
Lalalaiá Lalalaiá...

Interessa
Roberta Sá
Se você quiser saber
Por que é que eu gosto dele (Interessa?)
É que ele é meu benzinho
E me trata com carinho
Faz vontade pra mamãe.
De manhã me dá um beijo
Quando sai pra trabalhar
Adivinha o meu desejo
Traz docinhos pro jantar.
Quem é que não desejava
Ter um maridinho assim?


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Diário para a psicologia da educação

Goiânia, 24/02/2016 às 16:02.

Acredito que a prática pode levar a perfeição. Mas hoje o que me motiva não é a minha prática de ontem e sim a teoria de que a aprendizagem é seqüencial, passo após passo num processo contínuo e circular de: assimilação – adaptação –equilíbrio – desequilíbrio (PIAGET).
 “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.”(Romanos 7:19) quando olho para minha prática de ontem(23/2/16) fico desanimada, pois, sabia que não poderia citar autores se estes não constarem na bibliografia, citei. Não poderia colocar citações longas nos slides, coloquei. Não poderia ler os slides, li. “ Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:24)
Portanto, hoje é a teoria/fé que me fortalece para a caminhada, “o erro é um caminho para o acerto.” É o autoconhecimento, a autoaceitação e o autoperdão que me instrumentalizam para a docência.

Goiânia, 25/02/16.

Participei, nesta semana (23/2/16) de um processo simplificado de seleção para professor substituto da UFG- Faculdade de Educação - disciplina: psicologia.
Tema: Ciências humanas e sociais e o mundo moderno: a emergência da Psicologia.
Foi o primeiro processo seletivo que participei em uma instituição federal.
O desafio: uma prova didática e apresentação de um plano de aula; 24h antes da prova “prática”, o sorteio do tema; lá fui eu; segunda-feira, às 7 da manhã de bus (que passou e não parou no ponto e tive que ir para outra rua) fui querendo cumprir todas as etapas direitinho.  A diretora explicou de forma geral as regras e perguntou se havia alguma dúvida; ela disse para todos chegarem 1 hora antes do horário, comentou com a professora assistente que teria que tirar o papelzinho do número 11(temas) depois do sorteio, pois havia só 10 candidatos. Resolveram prosseguir o sorteio pelos números mesmo. O Danilo sorteou o numero 1 para o tema. Eu pensei que cada um sortearia um tema pra si; sinceramente não sei de onde tirei esta ideia. Em seguida me pediram pra tirar um papelzinho, tirei o 11 (o último horário de apresentação, o mais desejado, pois seria quem mais teria tempo para se preparar depois de saber o tema) sabe o que fiz? Falei é o 11 vou tirar outro e tirei o 5º lugar de apresentação! Oi? (1ª autosabotagem) eu não havia entendido as regras, foi aí que o candidato Danilo, me explicou.
Vocês não têm ideia da raiva que fiquei de mim; e para piorar, quando fui pegar o ônibus de volta para casa ele demorou 2 horas para passar, e eu fazendo um trabalho comigo mesma: fica calma, respira, vai dar certo, se perdoa, você não sabia que seria assim, olha a importância do erro pro acerto, olha o cerco do desemprego sendo derrubado (participei da campanha: 7 dias de orações para derrubar as muralhas do “Cerco de Jericó” na Paroquia São Francisco de Assis); calma, vai dar certo... Arcanjo Michel me socorre!!
Cheguei em casa por volta de 11h e fui preparar o material, passei o dia com oscilações de humor como  ansiedade, desespero, determinação, confusão mental,  disposição que me levaram até às 4h da manhã para ir dormir. Acordei às 7h.
Fiz relativamente “perfeito” o plano, consistente, fundamentado, mostrei que sabia elaborar um plano, só não usei as regras da ABNT;(2ª aparição de autosabotagem = do corpo de morte = criação negativa = arquétipo da rebelde,) justificativa dita “racional” para a rebeldia: vai gastar muito papel e tinta, é desnecessário, precisamos de práticas sustentáveis!!
Quem me livrará deste padrão condicionado, portanto, repetitivo de comportamentos inadequados, inoportunos de autosabotagens? Quero agir diferente mais vem à força do hábito e toma conta, faço tudo o que “racionalmente” não queria fazer.

 (Chave Romanos 7)


Será que quando não sei a teoria falo de uma prática e quando não sei a prática falo de uma teoria?


O perfeito amor lança fora o medo

"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.  Ora, o medo produz tormentos;  logo aquele que teme não é aperf...