segunda-feira, 14 de março de 2016

Casa comum nossa Responsabilidade


Por que não fui às passeatas do dia 13/3/16?
Ano passado, comecei a fazer catequese para adultos, 30 anos dizendo evangélica, em 2014, pela dor, voltei ao catolicismo e não havia feito a 1ª comunhão. Desde outubro de 2015 agendamos esta data para o retiro espiritual em uma chácara, onde aconteceria nossa primeira confissão dos pecados.
Até domingo cedinho, ainda estava na dúvida se era realmente para ir ou se “não era alguma conspiração do PT para que eu faltasse às passeatas” (hahaha tenho que rir de mim mesma; pois mais uma vez constatei que nossa mente mente muito, criamos um mundo, passou, rapidamente, mas, passou esta idéia pela minha cabeça). Fui para o ponto de ônibus por volta de 7h, fiquei quase ½ hora esperando sem que o aplicativo me informasse uma previsão do ônibus e quando informou, disse que ele passaria em 109 minutos. Fui caminhando e disse para o grupo pelo whatsapp onde estaria.
Eles vieram de carro ao meu encontro, com chimarrão e tudo, não tive a menor dúvida, era ali mesmo o melhor lugar para eu estar e contribuir com este processo de busca pela verdade que nós brasileiro estamos vivendo.
Fomos surpreendidos, com nossas mestras lavando e beijando nossos pés, fiquei muito emocionada. Frei Lucas, trouxe com uma leveza especial a Parábola do Filho Prodigo (desde o ano passado tenho refletido sobre esta parábola) e de repente eu me vi nos dois irmãos, simultaneamente, o que pega a herança e caí no mundão, vai pra sujeira, chiqueiro e depois volta por necessidade de sobrevivência, e no que fica com o pai fazendo tudo certinho, perfeitinho, pra ver se isto faz dele melhor do que o irmão. Vimos que os dois não conheciam o Amor do Pai.
Nos últimos dias chamei o mundo de hipócritas, fiquei MUITO indignada com vários ex- professores, por mais que tentasse só conseguia ver hipocrisia. Como psicóloga, fiquei “ligada”; por que estou vendo tanta hipocrisia? Porque Jesus disse que o fermento da sociedade é a hipocrisia. E onde que você Rita de Cássia esta sendo hipócrita? Não sei, acho que só estou denunciando, mesmo. Çei!! Fiquei com esta reflexão em standby.
Nesta quaresma estou seguindo direitinho o jejum (cerveja!!) também os ritos de purificação, praticamente todo dia rezando o terço, participando de missas, e tentando entrar mesmo no processo , perfeitinha.
No retiro espiritual, não teve como correr, a verdade chegou com força, tremia igual quando faço exercícios da Bioenergética, o choro, não consegui segurar, estávamos ajoelhados, foi aí que prostrei no chão. Vi minha hipocrisia!
 Pregava, falava do amor de Deus, falava de Jesus Cristo, o amor encarnado, mas, não o sentia realmente.
Quando ia pro mundão e voltava pra casa do Pai era por falta de opção melhor e por medo, quando estava na casa com o pai pensava que tudo era porque eu merecia, por ser “BOA” demais, fazer tudo certinho, participar rigorosamente de várias pastorais e trabalhos voluntários, mas, na verdade, era para que meu Pai gostasse mais de mim do que de meus irmãos e irmãs, ou seja,  por orgulho. A necessidade não me deixava ver o amor e nem o orgulho que me iludia que tudo era por merecimento meu. Não havia espaço para o Amor. A melhor queda é cair em si.
Estamos no Ano da Misericórdia, não existem coincidências. Confessei meu maior pecado, para o Frei Longuinho, recebi minha penitência, e depois para todos que ali estavam presentes. Não consigo sentir o amor de Deus por mim; meu medo e o meu orgulho não deixam espaço para Ele. Reconheci isto de um novo lugar.
Uma questão que tenho refletido nos últimos dias e que me ajudou muito foi: Como fazer para acolher a verdade com perdão e amor? Uma amiga me respondeu com muita sabedoria: “perdoar é abrir mão de que algo, alguém ou alguma coisa seja diferente do que é”. Ou seja, não brigar com a realidade, aceitar o que é real.
Casa comum nossa Responsabilidade é o tema da Campanha da Fraternidade deste ano. Vimos que da mesma forma que os dois homens no Caminho de Emaús, não reconheceram Jesus, até que ELE repartisse o pão, só conseguimos reconhecer, perceber a presença e o Amor de Jesus Cristo, na Partilha.
No final, a dinâmica, foi se eu tirava o chapéu pra mim. Muito mexida, disse que sim, pois mesmo sem sentir, verdadeiramente, o amor de Deus, mesmo sem perceber a presença de Jesus Cristo, eu não desisti de acreditar que este é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Trabalhando minhas projeções, meu autoconhecimento, minhas responsabilidades, penso que estou cooperando efetivamente, para um mundo mais fraterno, igualitário e livre.

terça-feira, 8 de março de 2016

A força feminina


Vamos entrar nesta onda e falar de uma mulher que eu admiro e que me intriga: A Dilma!
Para isto: O ANEL DO PODER - A Criança Abandonada, o Pai Autoritário e o Feminino Subjugado. Uma Interpretação Junguiana do Ciclo do Anel de Wagner Jean Shinoda Bolen, M.D.
“Os primeiros livros de Jean Shinoda Bolen inspiravam-se nos padrões arquetípicos presentes no homem e na mulher, e o fazia a partir de deuses e deusas gregos mostrando como eles atuam sobre os valores patriarcais que premiam alguns arquétipos e punem outros.” Este mito inspirou a série: O senhor dos anéis.

Freud disse que repetimos padrões e tratamos as pessoas que nos cercam “projetando” nossos pais e irmãos nestas relações, em uma sequência articulada para manter este padrão, matriz, “imago” atuante.

Praticamente nada sei da vida pessoal da presidenta.
Mas, sei um pouquinho da alma feminina e de nossas atuações frente ao masculino.

Ela que na adolescência foi audaciosa, rebelde, corajosa pra enfrentar as autoridades da ditadura militar e, portanto o “pai”; hoje se vê (sem enxergar é claro), subjugada ao mesmo padrão de dominação masculina que um dia lutou contra. (Mulheres que correm com os lobos; fazem armadilhas pra si mesmas é inevitável, o Oraculo já previu!) A relação com o pai deve ter sido complicada tamanha a força que ela lutou.

Coincidências não existem! Disse ela duas vezes na entrevista que concedeu (dia 4/3/16) referindo-se à delação de Delcídio do Amaral e a prisão de Lula.

A substituição de um mito/arquétipo para outro se dá em primeiro lugar pelo Oráculo- o profeta (que é presente no Tempo Aion- o não tempo- o tempo do Espirito Santo, aonde Ele movimenta no espaço). Ele faz as profecias e todos ficam sabendo, pois outros arquétipos como de Hermes, por exemplo, se encarregam de divulga-las. O segundo passo tanto para os deuses como para nós pobres mortais é a negação da profecia, tentar esconder dela, nega-la e querer fugir. Mas quanto mais eu penso que estou fugindo mais eu caminho para o centro do furacão; o Espirito Santo não erra jamais, Ele é o “Eu sou o que Sou” atualizado.

Neste mito o deus/pai barganha a filha com dois gigantes (quem será hoje?) para ter o anel do poder cujo poder é subjugar todos para servi-lo; mas, tem uma maldição aqui, que diz: se você escolher o PODER você precisa abrir mão do Amor.

Na ânsia pelo poder o rei/pai não pensa duas vezes e entrega a filha. Sua esposa (vocês já observaram a dona Marisa? Parece que ela esta em outro mundo e meio grogue) esta preocupada com o palácio novo que ele prometeu pra ela que construiriam, eles mudam para o novo palácio, mas a esposa sente infeliz por não ter a filha amada por perto e as constantes infidelidades do marido que só pensa nele.

A filha que ama e idolatra o pai fica triste, mas, tenta a todo custo agrada-lo. O pai assim fica cada dia mais distante do feminino, sem conexão alguma. É importante pontuar que “O Verbo” é a maior atração para uma mulher, por isto que caímos tantas vezes “na lábia” dos homens conversadores e mentirosos, pois ficamos encantadas e hipnotizadas por bons discursos, desde o Paraíso com a serpente querendo nos iludir com o conhecimento do bem e do mal. (Bom é o PT mau é o PSDB já disse a jararaca Lula).

A capacidade de comunicação e oratória é masculina, a de “escutatória” feminina, e quem abre a boca do homem é a mulher.

Depois da denuncia da filha Alhetéia (na novela a Regra do Jogo também foram as filhas que descobriram à Verdade sobre a real identidade do pai e, portanto uma foi para o cativeiro e a outra para o hospício).

A ruína começa quando a filha sente realmente abandonada pelo pai e precisa dizer deste “abandono”, se não ela morre sufocada. Mesmo sabendo que ela não consegue comunicar-se de forma objetiva sobre suas "dores", pois não aprendeu e o pai dizia que ele iria falar por ela, que não precisaria preocupar-se, e quanto mais ela tenta mais admira a capacidade do pai em fazer discursos e palestras (claro) e se vê impotente. Penso que ela deve estar fragilizada e sofrendo muito, pois ela percebeu que continua no cativeiro, só que agora pelo Lula.

O estopim veio quando Lula começou a critica-la publicamente, principalmente em relação à troca do Ministro da Justiça (outra irmã).
 As “irmãs” têm alertado que algo será revelado, não há volta.

 O Tempo Aion/ Espirito Santo já havia previsto, nós iremos entrar para o Tempo Kaíros/Cristo- o tempo oportuno para a fraternidade, o tempo que vamos comprovar que o MAIOR PODER É O AMOR; e este padrão de lideranças autocráticas (onde só “eles” estão certos e têm o poder, já está caindo) assim, estamos realmente libertando o feminino e amparando as crianças.



domingo, 28 de fevereiro de 2016

Diário para a psicologia da educação 2

Será que quando não sei a teoria falo de uma prática e quando não sei a prática falo de uma teoria?



Vamos refletir sobre as esculturas (foto)
Imagem-Linguagem articulada
O enigma: Por que o homem esta nu e a mulher vestida, 
se tanto homem como mulher estão sem cabeça
 no pano de fundo?

“Decifra-me ou te devoro.”


Goiânia, 26/2/16.

FREUD, Sigmund. Obras Completas / Sigmund Freud. Sobre a psicologia escolar (1914 – v.13) – Rio de Janeiro:- Imago, 1976.
 “A psicanálise nos mostrou que as atitudes emocionais dos indivíduos para com outras pessoas que são de tão extrema importância para seu comportamento posterior, já estão estabelecidas numa idade surpreendentemente precoce. A natureza e a qualidade das relações da criança com as pessoas do seu próprio sexo e do sexo oposto, já foi firmada nos primeiros seis anos de sua vida. Ela pode posteriormente desenvolvê-las e transformá-las em certas direções, mas não pode mais livrar-se delas. As pessoas a quem se acha assim ligada são os pais e irmãos e irmãs. Todos que vem a conhecer mais tarde tornam-se figuras substitutas desses primeiros objetos de seus sentimentos. (Deveríamos talvez acrescentar aos pais algumas outras pessoas como babás, que dela cuidaram na infância.) Essas figuras substitutas podem classificar-se do ponto de vista da criança, segundo provenham do que chamamos as “imagos” do pai, da mãe, dos irmãos e das irmãs, e assim por diante. Seus relacionamentos posteriores são assim obrigados a arcar com uma espécie de herança emocional, defrontam-se com simpatias e antipatias para cuja produção esses próprios relacionamentos pouco contribuíram. Todas as escolhas posteriores de amizade e amor seguem a base das lembranças deixadas por esses primeiros protótipos.”

Portanto, vamos falar do inicio (qual deles?); os protótipos (1ºexemplares, peça piloto, modelo) que Jung denominou arquétipos.
A natureza humana é essencialmente biológica e social – aliás, é a própria biologia que nos remete para o social. O homem depende do outro para sua existência, é na relação com “o outro” (adiante vamos falar deste: “o outro”) que construo e conheço o meio e a mim mesmo. O ser humano diferencia dos animais pela capacidade de reproduzir os meios para sua sobrevivência e faz isto através do trabalho, atividade em conjunto que confere uma “identidade cultural” a ele. Esta dependência biológica no homem faz dele essencialmente: social.
Quando o bebê nasce o instinto o leva a chorar, ele nem sabe o que é leite, mãe, fome, existem apenas as sensações motoras, ele chora/movimento e a mãe/adulto lhe oferece o leite e com ele vem o prazer.
No belo artigo: O mestre e seus feitiços - Márcia Neder, diz que: “o adulto oferece ao bebê o leite embalado nas suas paixões, na sua sexualidade inconsciente. Dizemos, então, com Jean Laplanche e sua teoria da sedução generalizada, que o adulto seduz o bebê, ou seja, desvia-o de seu curso biológico para nele implantar a sua sexualidade, despertando um prazer que ele buscará repetir sugando o próprio dedo. Esse é o protótipo do prazer, porque, evidentemente, do dedo não sai leite. Mas essa fantasia dá prazer.”
A autora fala da relação: educação-mãe, mãe-Eva, seio-maçã. Que a educação e a escola são uma oferta, carregada de significações inconscientes, que o adulto faz á criança.
Confirmando esta perspectiva educação- mãe vamos olhar os protótipos/arquétipos da relação mãe-filha através da mitologia.
A primeira pergunta: Se ela (educação) é mãe, quem são seus filhos?
O pano de fundo dois mitos que são explanados em: > Amor e Psiquê: uma contribuição para o desenvolvimento da psique feminina. / Erich Neumann. > O anel do poder: a criança abandonada, o pai autoritário e o feminino subjugado. / Jean Shinoda Bolen.


Goiânia, 28 de fevereiro de 2016

Olha as músicas dizendo através da arte o que estou querendo dizer, não é coincidência, pois elas não existem;
é a sincronicidade revelando o inconsciente coletivo com o poder do mito - basta sintonizar:
(28/02/16- Domingo,11:58’ @ExecutivaFM – fim de semana )
Fiquei pensando quando ouvi a primeira música que seria só esta:
“O professor tem mais de trinta conselhos.”
Eu me desloco no tempo e no espaço.”
Aí veio a segunda com a Maria Rita:
“Eterno é antes e depois”
E com o poder do três, a terceira música dizia assim:
(Interessa?) Faz vontade pra mamãe.

O que estou pesquisando: Tempo e Espaço; Educação-mãe; Mãe-filha.

Segue um pouquinho da sequência musical sintonizada com a linguagem articulada do mito.

Tudo diz de tudo o tempo todo, basta saber qual freqüência:

Com mais de 30
Marcos Valle

O professor tem mais de trinta conselhos
Mas ele tem mais de trinta, oh mais de trinta
Oh mais de trinta
Não confie em ninguém com mais de trinta ternos
Não acredite em ninguém com mais de trinta vestidos
O diretor quer mais de trinta minutos
Pra dirigir sua vida, a sua vida
A sua vida
Eu meço a vida nas coisas que eu faço
E nas coisas que eu sonho e não faço
Eu me desloco no tempo e no espaço
Passo a passo, faço mais um traço
Faço mais um passo, traço a traço
Sou prisioneiro do ar poluído
O artigo trinta eu conheço de ouvido
Eu me desloco no tempo e no espaço
Na fumaça um mundo novo faço
Faço um novo mundo na fumaça
Não confie em ninguém...

Maltratar não é direito
Maria Rita

Um amor só é bom
Quando é prá dois
Eterno é antes e depois
Agora não vou mais me enganar
Não quero mais sofrer, não dá
Se o teu desejo era me ver
Se deu vontade de saber
Se tô feliz
Até posso dizer que sim
O teu reinado acabou,
Chegou ao fim
Eu não nasci prá você,
Nem você prá mim...
Lalalaiá Lalalaiá...Lalalaiá Lalalaiá...
Lalalaiá Lalalaiá...

Interessa
Roberta Sá
Se você quiser saber
Por que é que eu gosto dele (Interessa?)
É que ele é meu benzinho
E me trata com carinho
Faz vontade pra mamãe.
De manhã me dá um beijo
Quando sai pra trabalhar
Adivinha o meu desejo
Traz docinhos pro jantar.
Quem é que não desejava
Ter um maridinho assim?


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Diário para a psicologia da educação

Goiânia, 24/02/2016 às 16:02.

Acredito que a prática pode levar a perfeição. Mas hoje o que me motiva não é a minha prática de ontem e sim a teoria de que a aprendizagem é seqüencial, passo após passo num processo contínuo e circular de: assimilação – adaptação –equilíbrio – desequilíbrio (PIAGET).
 “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.”(Romanos 7:19) quando olho para minha prática de ontem(23/2/16) fico desanimada, pois, sabia que não poderia citar autores se estes não constarem na bibliografia, citei. Não poderia colocar citações longas nos slides, coloquei. Não poderia ler os slides, li. “ Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:24)
Portanto, hoje é a teoria/fé que me fortalece para a caminhada, “o erro é um caminho para o acerto.” É o autoconhecimento, a autoaceitação e o autoperdão que me instrumentalizam para a docência.

Goiânia, 25/02/16.

Participei, nesta semana (23/2/16) de um processo simplificado de seleção para professor substituto da UFG- Faculdade de Educação - disciplina: psicologia.
Tema: Ciências humanas e sociais e o mundo moderno: a emergência da Psicologia.
Foi o primeiro processo seletivo que participei em uma instituição federal.
O desafio: uma prova didática e apresentação de um plano de aula; 24h antes da prova “prática”, o sorteio do tema; lá fui eu; segunda-feira, às 7 da manhã de bus (que passou e não parou no ponto e tive que ir para outra rua) fui querendo cumprir todas as etapas direitinho.  A diretora explicou de forma geral as regras e perguntou se havia alguma dúvida; ela disse para todos chegarem 1 hora antes do horário, comentou com a professora assistente que teria que tirar o papelzinho do número 11(temas) depois do sorteio, pois havia só 10 candidatos. Resolveram prosseguir o sorteio pelos números mesmo. O Danilo sorteou o numero 1 para o tema. Eu pensei que cada um sortearia um tema pra si; sinceramente não sei de onde tirei esta ideia. Em seguida me pediram pra tirar um papelzinho, tirei o 11 (o último horário de apresentação, o mais desejado, pois seria quem mais teria tempo para se preparar depois de saber o tema) sabe o que fiz? Falei é o 11 vou tirar outro e tirei o 5º lugar de apresentação! Oi? (1ª autosabotagem) eu não havia entendido as regras, foi aí que o candidato Danilo, me explicou.
Vocês não têm ideia da raiva que fiquei de mim; e para piorar, quando fui pegar o ônibus de volta para casa ele demorou 2 horas para passar, e eu fazendo um trabalho comigo mesma: fica calma, respira, vai dar certo, se perdoa, você não sabia que seria assim, olha a importância do erro pro acerto, olha o cerco do desemprego sendo derrubado (participei da campanha: 7 dias de orações para derrubar as muralhas do “Cerco de Jericó” na Paroquia São Francisco de Assis); calma, vai dar certo... Arcanjo Michel me socorre!!
Cheguei em casa por volta de 11h e fui preparar o material, passei o dia com oscilações de humor como  ansiedade, desespero, determinação, confusão mental,  disposição que me levaram até às 4h da manhã para ir dormir. Acordei às 7h.
Fiz relativamente “perfeito” o plano, consistente, fundamentado, mostrei que sabia elaborar um plano, só não usei as regras da ABNT;(2ª aparição de autosabotagem = do corpo de morte = criação negativa = arquétipo da rebelde,) justificativa dita “racional” para a rebeldia: vai gastar muito papel e tinta, é desnecessário, precisamos de práticas sustentáveis!!
Quem me livrará deste padrão condicionado, portanto, repetitivo de comportamentos inadequados, inoportunos de autosabotagens? Quero agir diferente mais vem à força do hábito e toma conta, faço tudo o que “racionalmente” não queria fazer.

 (Chave Romanos 7)


Será que quando não sei a teoria falo de uma prática e quando não sei a prática falo de uma teoria?


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

1º - Apropriação do tempo-espaço.

Trilogia: Pais e Educadores

1º - Apropriação de tempo-espaço.

“E me inventei neste gosto, de especular idéias.”

A parábola do bom filho a casa retorna esteve presente nos últimos dias. Nasci e fui criada no antigo bairro popular, hoje centro e morei no setor sul na adolescência, neste ano de 2015 voltei a morar perto da Praça do Cruzeiro.  Este retorno esta carregado de lembranças e sentimentos que fazem com que me aproprie mais de mim mesma, de minha estória de vida e do meu bairro.
Desde que começaram as “ocupações” dos colégios estaduais pelos secundaristas estou pesquisando sobre as OSs na educação e saúde.
Para as OSs administrarem os hospitais e os colégios aqui em Goiás o governo reconhece que hoje não têm competências administrativas para isto. Portanto, delega e paga (2x mais) para que outros administrem o que ele não consegue fazer – como se fosse possível à transferência de responsabilidades! Sabemos que a verdadeira liderança/educação se dá pelo exemplo seja ela positiva ou negativa. Atitude semelhante é quando pais dizem para as escolas: toma que o filho é teu!
Fui conhecer os secundaristas que “apropriaram” do Colégio Lyceu. Participei de uma assembleia com eles e gostei do que vi e ouvi. Senti a insegurança deles misturada com a força e a coragem para lutar pelo o que tem que ser feito; na saída, me pediram mudas frutíferas para plantarem lá, disse que sim e ofereci a pedagogia da cooperação através de uma oficina de Jogos Cooperativos e danças circulares; a sementinha foi plantada.
Inevitável à lembrança de tia Terezinha quando entrei no Colégio Lyceu, ela que dedicou com honestidade, a vida à educação. Imagino a coragem e a determinação que ela teve para administra-lo e torná-lo referência mesmo dependendo do Estado para isto, mas, as leis do Estado para a educação eram as mesma que hoje os pais pagam pra tê-las nos colégios militares - disciplina e respeito.
Naquele tempo havia sim problemas burocráticos e administrativos, talvez mais que hoje, mas estavam acompanhados de pessoas que sonhavam e acreditavam em mudanças positivas. Fui conversar com ela que sempre trabalhou pela educação no Estado (por falar nisto, ela não conseguiu a aposentadoria que lhe era devida, pois, o sr. Governador acha que só a esposa tem este direito). Ela é contra as OSs na Educação e até arrisca a dizer que a secretária Raquel também o seja.
 Neste tempo de “resgate” refletindo sobre: Qual a função da adolescência na construção da sociedade? Por que a natureza nos “enche” de força e disposição numa fase que temos mais incertezas e inseguranças? Qual foi a sua principal transgressão quando adolescente?
Penso no governador Marconi adolescente, devo ter encontrado com ele nos corredores do Pré-Médico, mas, não me lembro. Vi a foto dele na ficha de aluno, magrinho. Só na comemoração de 25 anos de formatura dos ex-alunos é que soube que ele estudou lá. Na ocasião da festa, ele governador, fez um discurso emocionado sobre como foi importante pra ele, vindo do interior, estudar no Pré-Médico. Quase chorei; pensei: agora ele irá pelo menos receber minha tia no gabinete dele; mero engano. Aquele menino que um dia viu em Iris Rezende (o mesmo que protagonizou vários atos “rebeldes” ali mesmo no Lyceu) como ídolo, pai, referência, companheiro de partido, agora o tratava como inimigo e os amigos do inimigo são inimigos também. “Aquilo que eu nego em mim, encontro como destino.”
Hoje, deparamos com outro Marconi, não tão magro assim, e apossado pelo arquétipo (padrão de comportamento, protótipo, impressão, marca, forma de perceber e interagir com o meio) de Chronos. Sim, aquele que um dia foi Davi enfrentando Golias ou Hércules limpando os estábulos do rei, agora é Chronos (mitologia grega, pai de Zeus filho de Urano, o tempo cronológico, o deus que impõem regras e tempos para as relações humanas, “tem que ser agora e do meu jeito”, o pai que devora seus filhos, pai autoritário que teme ser deposto por um filho “rebelde”, da mesma forma que ele próprio o fez); talvez esteja aqui a grande dificuldade do nosso governador em dialogar com estes rebeldes estudantes; medo de se olhar no espelho.
Claro que ele, Marconi, não esta sozinho neste protótipo/arquétipo, vemos Chronos em vários líderes brasileiros, principalmente do executivo. Entram numa humildade; falam das mudanças e maravilhas que eles sonham, daqui pra frente tudo vai ser diferente, você vai aprender a ser gente, lá lá la...em pouco “tempo” a humildade se vai e permanecer no Poder pelo poder é o que importa.
A educação só se mantém pelo exemplo, foi este o modelo recebido, é este o padrão que insiste em perpetuar enquanto não vemos outras referências. Aqui a principal função das escolas: mostrar várias perspectivas sobre o mesmo tema – “se tu me contradizes, tu me enriqueces”. Que distância quilométrica da nossa prática! O que falta nas escolas é um gestor/Educador capaz de ver que o cano vazando é um tema espontâneo multidisciplinar que deve ser pedagogicamente explorado com os alunos e todos da escola. E a SEDUCE ser mais pedagógica em suas ações (parece ironia, mas é real a carência).
No relatório da comissão internacional sobre a educação para o século XXI, coordenado por Jacques Dellors (2000) para a Unesco, propõemse quatro pilares para a educação contemporânea, são eles: 1.aprender a conhecer, 2.aprender a fazer, 3.aprender a viver juntos, 4.aprender a ser.
 As reais chances de ampliarmos a noção de comum-unidade que tanto precisamos, é adotarmos estes pilares. Educação para a vida, para o empoderamento do ser.
Esta crise é a grande oportunidade que esperávamos? Podemos fazer o trabalho de hoje com os mesmos métodos de ontem?
É tempo oportuno para enxergarmos outras formas de interações com o tempo-espaço.
No próximo, outros argumentos porque #soucontraOSsnaEducação
#contraOSnaEducação

Rita de Cássia Ramos Carneiro – psicóloga.


Foto: http://www.opopular.com.br/especial-goi%C3%A2nia-82-anos-1.974178/goi%C3%A2nia-82-anos-urban-sketchers-1.974181

O perfeito amor lança fora o medo

"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.  Ora, o medo produz tormentos;  logo aquele que teme não é aperf...