quinta-feira, 25 de julho de 2013

Prazer e Processo Criativo (Parte 1)


Deixar que o interno, cada dia mais, determine o externo é um exercício e tanto. Pensei em escrever sobre Integridade; mas, não foi isto que surgiu...

Alexander Lowen em Prazer Uma Abordagem Criativa da Vida; relata:
“A personalidade dominada pelo ego é uma perversão diabólica da verdadeira natureza humana. O ego não existe para ser mestre do corpo, mas, sim seu servo leal e obediente.”

O corpo deseja o prazer o ego o poder.
A força criativa da vida é o prazer uma força capaz de se opor à destrutividade em potencial do poder.

O Prazer pode ser confundido por divertimentos, fazendo com que o importante hoje em dia seja se divertir, quem não se diverte é suspeito!

Surge a Ética do Divertimento que é uma tentativa de recuperar os prazeres da infância do faz-de-conta. A diferença é que a criança aceita e se entrega a fantasia, entra de corpo e alma na brincadeira; já o adulto muitas vezes não aceita o faz-de-conta, portanto não consegue realmente brincar. Sem o faz-de-conta não pode ter a entrega e sem entrega não há prazer.

Uma das condições básicas para o prazer é a entrega e o comprometimento total com o que se está fazendo gerando o prazer ao se auto exprimir. Quando não nos envolvemos com o que estamos fazendo no aqui e agora ficamos divididos e em conflitos. “Mas o passado e o futuro não passam de sonhos. Só o presente é real.”

A criatividade adulta resulta do desejo de prazer e da necessidade de autoexpressão. Sempre há um elemento de diversão no processo criativo, pois começa com o faz-de-conta e permite que o novo e o inesperado apareça e nos surpreenda.

O processo criativo é movido pela busca do prazer a fim de expressar novas formas de vivenciar o mundo, faz com que a criatividade se una definitivamente ao prazer, sem prazer não há criatividade.

A diferença entre adultos e crianças com a diversão e o processo criativo está na importância dos resultados. Quando despreocuparmos dos “fins” (suspendemos a realidade e a seriedade que atribuímos aos resultados) e curtimos o processo, assim, conseguimos nos divertir e sentir prazer. Mas, se o resultado for o foco é possível que o prazer dê lugar ao poder.

A questão aqui não seria negar a realidade ao contrário; a criança não tenta se enganar nem esquecer a realidade interna. Ela transforma a realidade externa com sua imaginação.

“Negar a realidade interna é sintoma de doença mental. A diferença básica entre imaginação e ilusão, entre o faz-de-conta criativo e o enganar-se a si mesmo, está na manutenção da realidade interna, em saber quem somos e o que sentimos. É a mesma diferença que há entre divertimento e prazer reais e as chamadas diversões escapistas.”

Precisamos sentir seguros de nossa própria identidade e realidade de nossos corpos para podermos divertir com o faz-de-conta. Se não há segurança a fantasia se transforma em paranoia.

Muitas vezes confundimos o que é divertimento e o que é realmente sério e exige cuidados. Sexo, ingestão de drogas, álcool e direção em alta velocidade muitas vezes são praticados, nesta atual obsessão pelo divertimento, para fugir à vida fútil, consumista e sem sentido que somos obrigados a levar.

A busca por entretenimento deriva da necessidade de fugir dos problemas, conflitos e sentimentos intoleráveis do querer mais mais mais, que o consumismo gerou em nós.

“É por isso que a diversão adulta sempre se associa ao álcool. A ideia de divertimento, para muitas pessoas, é ficarem bêbadas ou altas, ou usarem drogas para escapar da sensação de vazio e de tédio. As alucinações causadas pelo LSD são chamadas de “viagens” o que deixa clara a relação com a ideia de fuga.”

(Este livro foi lançado nos EUA em 1970 e aqui no Brasil em 1984. Fico impressionada como o conteúdo é atual!)

Esta “loucura” por diversão, ou melhor, por mostrar que esta se divertindo e postando TUDO que se faz nas Redes Sociais, por si só já destrói a verdadeira capacidade de sentir prazer que precisa de espontaneidade e relaxamento para acontecer.

O prazer exige uma atitude “séria” diante da vida, um compromisso com a própria existência e o próprio trabalho. Sim o trabalho pode e deve ser fonte de prazer e divertimento sim. A ideia de que trabalho é algo que precisa ser penoso, cansativo, estafante não nos cabe mais, principalmente a quem queira desfrutar a vida com saúde e qualidade. 

É certo que o trabalho é uma ação que visa um resultado, difere das brincadeiras, mas, pode ser um prazer quando conseguimos que a nossa energia flua livremente, ritmicamente e aceitamos voluntariamente a situação do trabalho.

Quando conseguimos harmonia e coordenação dos nossos movimentos o prazer esta presente. Ao observarmos, por exemplo, um carpinteiro trabalhar e este apresenta movimentos rítmicos e relaxados percebe-se uma identificação com a atividade  no fluir livre e espontâneo dos movimentos. Assim, é certo que o trabalho feito com prazer seja traduzido em um produto de qualidade.

É importante que a estrutura do nosso cotidiano seja orientada pelo prazer e não apenas pelo poder. Enquanto estivermos trabalhando exclusivamente para termos o status que o poder nos oferece estaremos neste ciclo de constantemente buscarmos nos divertir para fugir da realidade que não nos proporciona nenhuma forma de realização e prazer.

Esquecemos facilmente que podemos sentir prazer nas circunstâncias comuns e simples da vida, pois o prazer é um modo de Ser e não de ter. É o deixar fluir dos sentimentos.

 Quando em uma conversa há sentimentos presentes na comunicação nossa apreciação e atenção é maior. Nosso corpo e nossa voz são instrumentos para expressarmos os nossos sentimentos e sensações e quando isto acontece, de falarmos com emoção de maneira fácil e rítmica, torna-se um prazer tanto pra quem escuta como pra quem fala.

“A pessoa está num estado de prazer quando os movimentos de seu corpo fluem livre, ritmicamente e em harmonia com seu ambiente.”

No próximo continuo sobre o Prazer e a dor e o processo criativo...

terça-feira, 23 de julho de 2013

Medo de Ser Feliz

Com Medo de Ser Feliz


:: Flávio Gikovate :: 
O encontro amoroso pleno é o sonho da maioria das pessoas que tenho conhecido. E como são poucas as que chegam lá! Será por coincidência? Seriam as dificuldades externas – obstáculos de todo tipo – que impediriam a realização do amor?

Não acredito em nada disso. Penso que existe um "fator antiamor" presente em nossa mente. Trata-se do medo, que é derivado de várias fontes. A mais óbvia delas é a relacionada com a dependência. Sim, porque é absolutamente impossível amar sem depender, sem ficar na mão do ser amado. Se ele fizer mau uso disso, acabará nos impondo grande sofrimento e dor. É por isso que muitas pessoas preferem renunciar à entrega amorosa. Preferem ser amadas em vez de amar. Pode parecer esperteza, mas na realidade é covardia.

Além da dependência, há vários medos relacionados à experiência do amor. Vou me dedicar a mais um, talvez mais importante que os outros. É o medo da felicidade. Nada faz uma pessoa tão feliz quanto a realização amorosa. Quando estamos ao lado do amado, a sensação é de plenitude, de paz. O tempo poderia parar naquele ponto, pois todos os nossos desejos teriam sido satisfeitos.

No entanto, logo depois da euforia surge a inquietação, acompanhada de um nervosismo vago e indefinido. Parece que alguma desgraça está a caminho, aproximando-se a passos largos. Temos a impressão de que é impossível preservar tamanha felicidade. Não adianta nem mesmo seguir os rituais supersticiosos: bater na madeira, fazer figa… Aliás, tais atitudes derivam justamente da incredulidade que nos domina quando as coisas vão bem demais em qualquer setor da vida.

Deixando de lado as importantes questões teóricas relacionadas à existência desse temor, podemos dizer que o medo da felicidade tem como base o receio de sua futura perda. Quanto mais contentes e realizados nos sentimos, tanto mais provável nos parece o fim desse "estado de graça". Segundo um estranho raciocínio, as chances de ocorrerem coisas dolorosas e frustrantes aumentam muito quando estamos felizes. O perigo cresce proporcionalmente à alegria. Dessa forma, à sensação de plenitude vai se acoplando o pânico.

Então o que fazemos? Afastamo-nos deliberadamente da felicidade. Cometemos bobagens de todo tipo: arrumamos um modo de magoar a pessoa amada, de inventar problemas que não existem ou exageramos a importância dos pequenos obstáculos. Escolhemos parceiros inadequados, prejudicando às vezes outras áreas importantes da vida: saúde, trabalho, finanças. Para reduzir os riscos de uma hipotética tragédia, procuramos um jeito de apagar nossa alegria. Enfim, criamos uma dor menor com o objetivo de nos proteger de uma suposta dor maior.

O medo de perder o que se alcançou existe em todos nós. Porém, gostaria de registrar com ênfase que a felicidade não aumenta nem diminui a chance de fatos negativos acontecerem. Trata-se apenas de um processo emocional muito forte, mas que não corresponde à verdade. Felicidade não atrai tragédias! É só uma impressão psíquica.

O que fazer para nos livrarmos dessa vertigem simbólica que torna a queda inevitável? Como sair do impasse e ter forças para enfrentar o amor? Só há uma saída, já que não se conhece a "cura" do medo da felicidade. É preciso diminuir o medo da dor. Assim, ganharemos coragem para lidar com situações que geram alegria e prazer. Perder o receio de sofrer é necessário até porque a felicidade poderá de fato acabar. Não tem cabimento, porém, deixar de experimentá-la, pensando apenas nessa eventualidade.

Todo indivíduo que andar a cavalo estará sujeito a cair. Só terá certeza de evitar acidentes quem nunca montou. Isso, repito, é covardia e não esperteza. Reconhecer em si forças suficientes para suportar a queda e ter energias para se reerguer mostra coragem e serenidade. Uma pessoa é forte quando sabe vencer a dor. Trata-se de um requisito básico para o sucesso em todas as áreas da vida, inclusive no amor. Ninguém gosta de sofrer, mas não é moralismo religioso dizer que superar as frustrações é a conquista mais importante para quem quer ser feliz. Você deseja a realização de seus sonhos? Então, tem de correr o risco de cair e se sentir capaz de sobreviver à dor de amor!

http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=2392#prettyPhoto

quinta-feira, 18 de julho de 2013

"Onde há uma vontade, há um caminho."


Precisamos sim reavaliar nossa condição de ser e estar no mundo...diz a mestra Lia Diskin.
Com o texto Politicamente Correto comecei o tema que estou vivenciando: O incomodo de ficar de férias. Não fazer nada, dá um vazio em mim que comecei a refletir sobre isto. É como se o meu valor estivesse ligado ao que faço externamente e não ao que sou. Claro que o que sou se confunde com o que faço.
Sim, meus atos refletem meus pensamentos que refletem meus valores e minha personalidade; mas não significa que quando não faço nada (Nadismo) eu não tenha valor! Ou significa?
Racionalmente sei que não, mas, na prática não fazer nada mexeu com minhas estruturas. Afinal, o que as pessoas vão pensar de mim? Ahhm, voltamos à autoimagem idealizada!
Pelo sim pelo não, não posso correr este risco; voltei a ler o Livro: O Segredo da Flor de Ouro – Um Livro de Vida Chinês . Autores C.G.Jung e R. Wilhelm - do I Ching. (Por que este livro? Não sei ao certo, “Simplesmente” ele me chamou atenção).
 (Aliás, fiz Psicologia para estudar Jung, apaixonei pelo seu livro:  Sincronicidade; quando li estava fazendo Pedagogia. Transferi o curso (que decepção); na Católica, século passado; era basicamente estudos da Comportamental e Psicanálise, e os psicanalistas que estudei não gostavam nem de ouvir o nome do Jung).
Esta leitura, por um lado, ajuda a sustentar a imagem que criei de que tenho valor pelo que faço e não pelo que sou, mesmo percebendo que o foco do livro seja o autoconhecimento e o desenvolvimento.
Dizem que o melhor que podemos fazer para a humanidade é limparmos e transformarmos a nós mesmos, desenvolvendo nossa dimensão espiritual. Se nossa energia estiver vibrando em harmonia todo o “campo” ao nosso redor se harmoniza também. É fácil pensar assim, mas, vivenciar não; por isto vivo mais no campo da razão, no mental, na fantasia da “realidade” criada por mim, numa matrix.
“As pessoas estão cansadas da especialização cientifica e do intelectualismo racional. Elas querem ouvir a verdade que não limite, mas amplie; que não obscureça, mas ilumine; que não escorra como água, mas que penetre até os ossos...”C. G. Jung
Buscar conhecer a verdade que habita em mim é “mexer” com as estruturas internas de autoimagem para alcançar o self (si-mesmo); é um trabalho arqueológico, exige cuidados e principalmente humildade pra pedir e buscar ajuda.
Neste livro Jung diz o seguinte provérbio chinês: “Se o homem errado usar o meio correto, o meio correto atuará de modo errado.” Contradizendo a crença do método “correto”. Isto nos remete a questão da busca frenética pelas receitas prontas, das dicas e métodos passo a passo, que se traduz, muitas vezes, a resistência e medo ao novo.
“No tocante a isso, tudo depende do homem e pouco ou nada do método. Este último representa apenas o caminho e a direção escolhidos pelo indivíduo, é o modo pelo qual o indivíduo atua nesse caminho que exprime verdadeiramente o seu ser.”
Um leitor mais atento pode perceber que escrever este texto é uma forma de compensar o não fazer nada e mais que isto, me escondo no intelectualismo, tenho a pretensão de manter uma imagem de inteligente pra “compensar” a imagem de emocionalmente frágil. Uhm...
“Onde há uma vontade, há um caminho!”
Jung, diz que nos primeiros tempos da cultura cristã o espírito era visto apenas como os valores positivos que valia a pena lutar. Que no decorrer do século XIX o espírito começou a degenerar em intelecto, confundindo intelecto e espírito.
“O espírito representa algo de mais elevado do que o intelecto, abarcando não só este último como os estados afetivos. Ele é uma direção e um princípio de vida que aspiram às alturas luminosas e sobre-humanas.”
Sabendo que os opostos sempre se equilibram na mesma balança, a questão aqui não é priorizar o espiritual em detrimento ao intelectual, o fazer ao não fazer, e sim saber que o não fazer também é um fazer (wu wei = a ideia taoística da ação através da não-ação).
Deixar acontecer! Aceitar a realidade. Ação da não-ação é difícil pra nós, pois temos  Egos que querem ser o Senhor da Constelação.
Devemos deixar as coisas acontecerem psiquicamente. Eis a arte que muita gente desconhece. É que muitas pessoas sempre parecem estar querendo ajudar, corrigindo e negando, sem permitir que o processo psíquico se cumpra calmamente.”
Simples assim: deixe acontecer! Mas, “infelizmente”, sabemos que a simplicidade também é uma arte; dificílima de realizar para nós neste momento crucial.
Assim, o “não fazer nada”, ou melhor, o não fazer nada rentável financeiramente, nesta forma de ser e perceber a realidade a qual me vejo, abala minha autoimagem que ainda, depende da aprovação e aceitação dos outros para sentir bem.
O primeiro passo importante para sair desta matrix é a Observação, sim “apenas” observar a mim mesma, as atitudes e principalmente os pensamentos.  “Nada mais fácil, se não começassem aqui as dificuldades.” Apenas observar!
O “espírito critico” com certeza aparece tentando interpretar, entender, classificar, separar, formalizar ou então desvalorizar os fragmentos da fantasia.
As maneiras de obter-se as fantasias, variam de indivíduo para indivíduo, pode-ser: escrevendo, pintando, desenhando, visualizando. “Se o espasmo da consciência for excessivo, somente as mãos conseguem fantasiar, modelando ou desenhando formas que às vezes são totalmente estranhas à consciência.”
É comum depararmos com minúsculos “fios da fantasia” os quais não nos permitem reconhecer exatamente de onde vêm, e para onde vão... Depois de muitas resistências e de um esforço gigantesco, pois, o desenvolvimento da personalidade é uma árdua tarefa; podemos aceitar o irracional e incompreensível, simplesmente porque é o que ocorre.
Consigo mudar quando aceito a realidade. Só posso mudar aquilo que percebo e aceito. Como mudar algo que não percebo? Primeiro é necessário ter consciência pra depois poder escolher a forma de agir. Sei que não é fácil; mas, o difícil não pode ser visto como impossível.
Sim, o processo de escrever este texto é um exemplo de observação, aceitação e trans-formação!!
Termino aqui com mais um escrito de Jung, do livro: O segredo da flor de ouro.
“O passo que conduz a uma consciência mais alta deixa-nos sem qualquer segurança, com a retaguarda desguarnecida. O indivíduo deve entregar-se ao Caminho com toda a sua energia, pois só mediante sua Integridade poderá prosseguir e só ela (integridade) será uma garantia de que tal caminho não se torne uma aventura absurda.”
·       Opss; dica para o próximo texto: Integridade; será?

domingo, 14 de julho de 2013

Politicamente Correto...


 Todos nós criamos uma autoimagem idealizada, que é como queremos ser, acreditamos que somos e como percebemos que os outros querem que sejamos.
Autoimagem idealizada e máscara é a mesma coisa. A criação dela serve pra suprir a falta de confiança. Criamos esta “máscara” para sentirmos aceitos e amados pelas pessoas próximas de nós, principalmente os pais.
Fazemos a associação de que Pessoas boazinhas, além de ir para o céu é claro, encontram a felicidade e merecem prêmios; já pessoas más merecem castigo e infelicidade e vão pro inferno!

 “Contudo, sempre souberam perfeitamente bem que vocês nunca foram tão bons e perfeitos quanto o mundo parecia esperar que fossem. Esta verdade teve de ser ocultada, tornou-se um segredo, cheio de culpas e foi, então, que começaram a construir um falso eu.” Pw 083

A questão que estive pensando neste fim de semana foi o tal do Politicamente correto!?
Para mim é o eterno ficar em cima  do muro, a demonstração de grande covardia e dissimulação, a valorização das aparências em detrimento da verdade. O querer agradar a todos e não chatear ninguém. Sei bem o que é isto, já fiz várias e várias tentativas de ser politicamente correta.
O que ganhei com estas tentativas?? Uma gastrite e o afastamento das pessoas...
Agora Ganhei Coragem (lindo texto do Rubem Alves  http://institutobemtevi.blogspot.com.br/ ) 
o passar da idade têm certos ganhos,  dizer o que penso e tentar me posicionar verdadeiramente proporciona uma gostosa sensação de liberdade e autenticidade. (O Ministério da Verdade adverte: engolir sapo faz mal pra saúde!!)
A dissolução da imagem do eu idealizado é a única maneira possível de encontrar o seu verdadeiro self, de encontrar serenidade e auto-respeito e de viver a sua vida plenamente.” Pw 083.
Ainda que cambaleando de vez em quando, o reaprender a andar com verdade e autenticidade não é fácil. Constantemente pensamentos de condenação e vontade de se esconder aparecem, mas, uma ferramenta importante e eficaz para estas questões, que tenho me apoiado é o Pathwork.

“O Pathwork é um trabalho de autoconhecimento e de transformação pessoal que nos conduz ao universo interior, em busca do nosso verdadeiro Eu.”  https://www.facebook.com/pages/Pathwork-Regional-Goi%C3%A1s/646745845352165?fref=ts

Com esta "ferramenta" tenho apreendido que a Autoconfiança saudável e genuína pode ser traduzida como Paz de Espírito.
Significa a saudável independência e segurança e permite que se consiga o máximo de felicidade através do desenvolvimento dos talentos inerentes ao indivíduo, levando a uma vida construtiva e entrando em relações humanas frutíferas.”Pw83

E quem não quer Paz de Espírito e Relações frutíferas? Eu quero e desejo firmemente.
Para a realização deste desejo, hoje, o Politicamente correto para mim não cabe mais, até porque nesta Nova Era de mudanças de paradigmas o dito “politicamente correto” esta passando por reformas e reestruturações consideráveis.



quarta-feira, 10 de julho de 2013

É cada arapuca...

Vamos lá; penso que seja importante relatar o que aconteceu nesta semana...e para vocês entenderem um pouco do contexto, um pequeno retrocesso.
 Nas eleições de 2012, fui convidada a participar do processo eleitoral apoiando o candidato do PT em Caldazinha. Quem fez o convite foi a atual primeira dama. Aceitei e realmente acreditei que era a melhor opção pra cidade, ainda acredito. Trabalhei com empenho e até fiz alguns desafetos. No dia da eleição a 1ª dama me pediu emprestado uma caixa grande de isopor para colocar as águas. Emprestei de bom grado. Esperei a festa da vitoria acontecer e passar as comemoração. Achei que estava tudo bem e estava confiante de que desenvolveríamos os projetos de inclusão e cooperação que tanto divulguei para os eleitores que eu pedia votos. Para minha surpresa, certo dia no final de dezembro, disse assim: oi 1ª dama, tudo bem? Não gosto que me chame de 1ª dama. Fiquei assustada com o tom de voz e a expressão. Resolvi deixar isto pra lá e pensar que era apenas uma questão de TPM. No início de janeiro liguei pra saber se estava tudo bem e queria a caixa de isopor de volta. Outra surpresa, ela simplesmente disse que não sabia da caixa e que não tinha nada com isto. Ai a "ficha caiu" sim a síndrome das 1ª damas estava atuando fortemente antes do previsto. Resultado fiquei sem a caixa e sem o convite para fazer parte desta administração; mas, o que realmente me chateou foi que nem uma ligação de retorno, nenhuma palavra nem de reprovação ou de agradecimento, simplesmente me excluirão. E o excluído sempre reivindica o lugar de direito.
Mas, como "gata escaldada tem medo de água fria" no final do ano encaminhei vários curriculum e divulguei que estava precisando aumentar minha carga horária. E Deus é Bom! Não nos deixa envergonhados.
Um primo, que com certeza, temos fortes laços de amizade e afinidades, Adriano Felipe, indicou meu nome para um trabalho no SESI. Outros trabalhos surgiram e eu segui em frente na certeza de que "TUDO Coopera para o bem daqueles que amam a Deus."
Prefeito e Cia mudaram o tratamento comigo visivelmente; fiquei muito chateada e posso garantir que fiquei indignada e com raiva da minha " ignorância" em acreditar em políticos. Comecei a trabalhar firmemente estes sentimentos. "O que em mim criou esta realidade? Que necessidade é esta em mim, de ser usada, enganada e ludibriada?" Fui pro caminho da auto responsabilidade, pois sei que este é o único caminho que proporciona a verdadeira libertação.
Vi que não conseguia esquecer estes acontecimento, precisava perdoar a mim mesma e liberar perdão.
Orei e clamei varias e varias vezes por dia e dias. Até que meu coração abrandou. E aceitei a realidade como o melhor para todos os envolvidos.
Nesta semana recebo a ligação do vice prefeito querendo falar comigo, junto com a secretária da assistência social (não é a 1ª dama, ela por um gesto de extremo desapego não quis assumir a Secretaria e mesmo sem "receber" todos os dias e em todas reuniões e decisões ela faz questão de estar presente!!).
Pois bem, fui e a proposta (realmente não entendi direito o que era pra fazer!) disseram que  o Governo Federal liberou para a cidade a construção de cento e cinquenta casa. É certo o dinheiro tá pra chegar! A Secretária disse que era apenas pra eu acompanhar os processos e ver recursos pela internet, este é o serviço, só isto... eu disse que não gostava de trabalhos burocráticos e que eu trabalhava com recrutamento e seleção e diante disto sabia que não tinha competências para o cargo que a meu ver demandava uma pessoa da área de direito e que pessoas certas em posições erradas podem comprometer toda uma organização.
Eles começaram a falar das ENORMES dificuldades financeiras que o Município passa ainda mais agora que o Governo do Estado "tomou" as maquinas de arrumar as estradas....foi falando falando. Até que chegamos a questão das contratações de pessoas que não são do município. Só contratamos profissionais que não havia aqui na cidade!!
É mesmo? e a psicologa que vocês contrataram sem ao menos me chamar pro processo de seleção? (não aguentei tive que falar) Ou não houve seleção? A Secretária com a cara mais cínica disse assim: ah é mesmo você é psicologa, né, eu não sabia! Levantei e sai da sala; não aguentei o cinismo. O vice prefeito disse que nem sabia do caso e que ainda era tempo de rever a questão. Saí da sala pensando que esta "arapuca" não conseguiu me pegar.
...
Sabe aquela situação que depois ficamos pensando que poderia responder isto e aquilo, mas, na hora não falamos nada? Pensei em responder assim, pro vice prefeito: o tempo passou e para a Secretária que talvez ela também esteja no cargo errado; mas, pensando bem, diante da situação, que ela é apenas uma figurante, talvez seja a pessoa ideal para o cargo.
É cada arapuca que aparece!!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Por hoje...

É senti necessidade de ter um blog meu, digo, pra eu dizer o que quero e penso em todas as áreas; meus amigos do Facebook não precisam me aguentar colocando textos imensos de assuntos que não desperta nenhum interesse deles.
Aqui será um blog de mulher, pelo menos eu penso que terei coragem de me colocar e dizer um pouco sobre os estudos de psicologia , alquimia, pathwork, licenciatura e por aí vai...assuntos diversos que tanto me atrai. Quero ter a liberdade de falar do meu dia-a-dia e os fatos que me chamam atenção.
Há tempos quero escrever sobre o contexto educacional que temos vivenciado...Relatar alguns sonhos, medos, receios, desejos e motivações, ahh receitas e formulas de emagrecer também, gostou né? Quem não gosta de dicas e receitinhas milagrosas, mesmo que nem experimentemos.
Realmente algo mudou em mim, semana passada, consultei com "minha" ginecologista Lívia Carneiro e constatamos que entrei na menopausa; depois de mais ou menos 4 anos de climatério ela chegou. Assustei um pouco, fiquei meio tonta; então é verdade, agora realmente sou Mulher Adulta. Parece brincadeira mas, a imagem que tenho de mim ainda é de uma moça...
Os calores são constrangedores, fiz a escolha de não tomar hormônios sintéticos, uso os bio idênticos, mas, male male, sem muita disciplina, é verdade sou indisciplinada e tenho um lado rebelde que até hoje me surpreende. Ainda é um esforço grande pra me aceitar do jeito que sou, estou caminhando.
Por hoje esta de bom tamanho...amanhã falaremos mais. Que Deus nos guarde e proteja, amém!!

O perfeito amor lança fora o medo

"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.  Ora, o medo produz tormentos;  logo aquele que teme não é aperf...