Trabalhando com
Círculos de Mulheres e de Estudos dos Arquétipos da Mulher Selvagem e do Feminino Sagrado é inevitável
estudar também os arquétipos masculinos e dos homens.
O livro: Sob a Sombra de Saturno
– a ferida e a cura dos homens- James Hollis; é uma preciosidade que
reforça ainda mais a tese de que são as mulheres que realmente movem o mundo. O nosso problema MAIOR é que não vemos/reconhecemos nosso poder e nem queremos assumir
esta responsabilidade.
Falamos das feridas
e dos abusos que nós mulheres sofremos, mas, em um padrão e processo de omissão, não
queremos ver os abusos e sofrimentos que acarretamos em nossos filhos e filhas
com palavras críticas, julgamentos e também com a superproteção que impede o crescimento saudável do ego. E quando vemos, mesmo que de
relance, queremos nos punir e depreciar pelos erros e sentimos culpadas e
impotentes para mudar este padrão. Quando não conseguimos ser responsáveis ficamos
nos culpando por TUDO no Mundo.São os extremos que adotamos para distanciarmos
do centro, do foco, do real. É bem mais fácil apontar o dedo e dizer que a culpa é sua do que Ser responsável como adultos pela realidade que se vive. A culpa aprisiona a Responsabilidade liberta.
Hoje li o artigo: Você
está lidando com um companheiro puer?
“É duro lidar com eles. A junguiana Marie
Louise von Franz dá um exemplo: “quanto mais o homem recusa envolver-se na relação,
mais a mulher pode achar que tem que prendê-lo, agarra-lo,
proibi-lo… e assim ele desperta a mãe devoradora de toda mulher. Aí o
homem diz: “sempre é assim com mulheres”, e a abandona. Na verdade, sua
recusa em se envolver desperta o lado devorador dela e isso é um
ciclo vicioso e destrutivo. Por ser incapaz de amar ele traz à tona o
complexo de poder dela”. (pagina 273 de seu livro Puer Aeternus).”
Fiquei pensando como
é “comum” e corriqueiro encontrarmos com pessoas (tanto homens como mulheres) em
um corpo adulto, mas, emocionalmente infantis, pueris. E como o lado devorador
e da busca de Poder tem sido estimulado em nós mulheres,
principalmente, quando esquecemos os nossos deveres e responsabilidades.
Nesta disputa/briga
hoje de esquerda x direita; contra x a favor; religião A x religião B; Trump USA x Kim Jong-um Coreia
do Norte -; nitidamente duas criança brigando pelo brinquedo; o que salta aos olhos é que estamos perdendo a
capacidade de nos colocarmos no lugar do outro empaticamente.
A empatia envolve a
capacidade de sentir, primeiro a si mesmo e depois o outro(a).
Quando referimos ao emocional,
a capacidade genuína de sentir e ligarmos ao afeto o que sobressai são os arquétipos
femininos, o lugar da lua no nosso mapa astrológico. A mulher que gesta o
Amor.
Sob a
Sombra de Saturno – a ferida e a cura dos homens. James
Hollis, revela os Oitos Segredos que os homens carregam e fica claro que O poder
do feminino é imenso na organização psíquica dos homens (Segredo 3).
Estamos deixando de
lado nossa capacidade de afeto e AMOR.
É claro que não estou isentando os homens de responsabilidades. Mas, sabemos que eles também estão com medo e inseguros e precisam de ajuda.
Mesmo com feridas é
URGENTE à necessidade de ampliar nossa capacidade de curar, gerar, trazer o
novo, criar, de respirar com amplitude e profundidade e assim, desenvolvermos a
cura sentindo e aceitando o nosso corpo e possibilitando sentir
e aceitar o outro sem projeções.
Ampliar nossa
capacidade de Re-conhecimento e afeto.
Precisamos desenvolver a escuta
ativa, pois, os ouvidos são órgãos sexuais, já dizia Rubem Alves, onde
somos fecundados e podemos fecundar os outros com nossas palavras e nosso
bem-dizer (benzer!);
Na prática e
tradição dialógica, ouvir é tão importante quanto falar.
Assim, a
fala e o silêncio são importantes nos Círculos de
Mulheres que participo e a oportunidade de reflexão que o silêncio proporciona é
dada a todas antes de pegar o “bastão da fala” e se expressar. Este
modelo/exemplo/modo/matriz é levado para outros grupos e relações e vivenciamos
que nos curando curamos o MUNDO!
O foco aqui é motivar cada vez mais as mulheres a participarem de processos de autoconhecimento e círculos de mulheres para promovermos a mudança deste campo mórfico que estamos conectados.
A construção da empatia, da compaixão é essencial para criarmos DIÁLOGOS e sair do GRANDE monólogo de nossa comunicação atual.
E lembre-se:
“Se tu me
contradizes, tu me enriqueces”.
Aloha,
Rita de Cássia Ramos Carneiro
Desenvolver a escuta ativa, calar-se internamente, paciência inteligente e tantas outras ferramentas que encontra-se no nosso mundo interno a serem usadas a nosso favor, e são sub-utilizadas por não sabermos utilizá-las e muitas vezes nem ter a consciência que possuímos.
ResponderExcluirGrata flor;)
ResponderExcluirA dificuldade está em abrir o coração para sentir, conectar através dos sentimentos, emoções. Mesmo que doa...desenvolver autonomia das emoções e sentimentos.
Descobrir que a vulnerabilidade é um anjo;
Bjss